Dias assim...

Quem nunca teve daqueles dias em que só se pensa... "Mas que raio estou eu aqui a fazer?" Ninguém? Hum... Dúvido!

Hoje a "Vespa" furou por entre roelas e avenidas do interior e suburbios de uma cidade que a cada dia que passa, me fascina cada vez mais!

Aí está a grande "Vespa" em acção...

A verdadeira Cabul!

Desde 2002 que este mundo é invadido por noticias da comunicação social em relação à situação que se vive no Afeganistão. Muito é dito, muito é especulado, o porquê desta guerra, quem são estas pessoas que sempre viveram em guerra, este país que vive numa miséria arrepiante, etc, etc...

A cidade de Cabul é o espelho de uma cidade caótica, envolvida num manto de pó, que a toda a hora é invadida pelos apitos irritantes de buzinas pouco cívicas e aflitas sabe-se lá porquê. Crianças à berma da estrada, esperando que os semáforos que nunca trabalharam, vejam o transito parado pelo sinaleiro que tudo menos faz que, escoar as viaturas em stress! Crianças estas que viver com uma riqueza diária de, um dólar por dia... Que luxo!

O outro dia dei por mim a ver um novo método de transporte de animais... Ou será que era transporte de pessoas?! Um homem, capaz de ser o presidente da protecção dos animais, fez questão de colocar a sua mulher na caixa aberta da sua "Mercedes" topo de gama, enquanto que as belas das ovelhas iam sentadinhas no banco da viatura. Deixem-me dizer que é um homem a ter em conta. Denotei um enorme cuidado e protecção pelo animal com esta atitude!

É mesmo uma cidade fantástica e capaz de transmitir uma beleza incalculável!! Reparem bem que também no outro dia, não tinha mais nada que fazer, e peguei no meu "bot" e fui dar uma volta até aos arredores da cidade, e notei na moderna e espetacular central de separação e reclicagem de lixo que havia à berma da estrada. Brutal!! Mais brutal foi reparar que as suas infraestruturas eram tão sofisticadas, que aquele que menos merecem, e ainda tão pequena é a sua história brincavam ao sabor do vento calçando debaixo de si um manto de doações dadas por aqueles que pouco ou nada tiveram para dar. Tão sofisticado e tão inemaginavel era que as suas instalações deixavam a possibilidade de construir verdadeiras mansões por aqueles que não têm ordenado, e que mudam de casa a cada estação do ano.

É acima de tudo, uma cidade maravilhosa e extremamente modernizada! (ainda ontem vi aqui um MAC)

Mas no seu interior, no lado que ninguém conhece e sabe-se lá porquê, os filhos de uma grande senhora, que andam sempre com um microgaitas na mão, não mostram nem dizem que talvez sejam a população mais acolhedora que vi até hoje. A população que mais luta pela reconstrução daquilo que os de fora destruíram. Aqueles que ninguém valoriza aqui à uns dias foram capaz de fazer aquilo que os da minha honrosa e digna pátria não conseguiram fazer... Enganar a barriguinha! Um como muitos dias de seca, sabendo sabe-se lá a que horas o taxímetro iria começar a trabalhar, acompanhado pelo novo de Dan Brown, seguido de uma bela e desconfortável cesta, dei por mim com um majestoso e muito significante tabuleiro cuidadosamente decorado com um toque árabe, trazendo no seu topo o belo do cházinho afegão na companhia de umas goluseimas. E esta hem?! E a única coisa que me pediram foi... "Bebe meu amigo!" :)

São estes os monstros que mais uma vez os grandes filhos de uma enorme senhora pintam nos nossos ecrãs mágicos e coloridos que fazem barulho que se farta. Monstros que por sua tradição e religião, dão o pouco que têm aos pobres sem que nada seja redribuido, um gesto que não é mais que não, um dividir do que é todos, mas não é de ninguém! São estes os burros que vivem pintados de incultos, mas que sabem falar mais línguas que a minha professora que tinha a mania que era poliglota...

Àqueles que ontem me aqueceram a barriga, e não me deixaram passar fome numa manhã de conhecimento profundo do interior de Cabul, um muito obrigado e aqui vos deixo o vosso lado que poucos conhecem e não querem ver...

E eu a pensar que...

Já dizia aí uma velha máxima que se não vai Maome às montanhas, vão as montanhas até Maome. Longe de imaginar tal proeza, certa mente, e apenas na minha opinião, teve a brilhante ideia de organizar uma prova de Orientação sabe-se lá onde e sabe-se lá quando... e ainda dizer que teve direito a SI! Espetacular!!!

A todos os visitantes do blog, cerca de um (eu), deixo as imagens desta manhã bem passada de Orientação :)











Epah eu sei que ninguém vai ver isto, mas mesmo assim deixo o link da prova :) eheh


http://sports.xf.cz/race20101119/

5 anos...

Mais outro funeral!...

-Quem foi?


-Foi um COMANDO!


-Um COMANDO?


-Sim um, um soldado como os outros.


-Como os outros?


-Talvez não, talvez um pouco mais...talves um pouco menos.


-Um pouco menos?


-Sim, por não querer ser tanto


-Um pouco mais?


-Talvez por isso mesmo!


-Mas quem são os COMANDOS?


-Quem faz do perigo o seu pão. Do sofrimento o seu irmão. E da morte a sua companheira, e se habituou a tê-la sempre à sua mesa e à sua cabeceira, noite e dia, sem perder a alegria e o prazer de viver e sonhar.


-Que estranha companhia, mas porquê esse gosto, essa busca da morte de quem todos os seres fogem, mesmo os mais valentes?


-Porque são diferentes!


- E a fome? E a sede? E o medo? E a morte?


- A fome esquecem-na, quando tudo neles a repele e denuncia vão procurar no espírito o único alimento que a sacia.


- E a sede?


- Sede só têm uma, e essa ninguém a mede, a de fazer melhor, e de chegar primeiro, a de mesmo no alento derradeiro, quando o corpo já parece não ser nosso, gritar ainda: EU QUERO! EU POSSO!


- E o medo?


- Conhecem-no, por isso não o temem e para o combater e eliminar, são teimosos, tenazes, quando o instinto os contraria, repetem a cada minuto do dia: "A SORTE PROTEGE OS AUDAZES"


- E a morte?


- Ao pensar nela, a sua companheira habitual, transfiguram o receio e o pavor, tornando quase igual a própria morte e o amor.


- Mas eles não amam, eles não sofrem? Não são humanos afinal!


- São humanos demais, embora parecendo de menos e é esse apenas o seu drama, no seu bornal, no seu cantil, na sua cama, vivem o amor e a morte, e uma eterna inquietação.


- Há quem diga que o amor e a morte são quase a mesma coisa...


- Para eles são, e vivem num mundo diferente...feito de assombro, de sonho e de quebranto...


- Meio demónio e meio santo?


- Sim, é isso sim talvez o que eles são, mas sentem-se felizes com a sua sorte, pois não distinguem o amor da morte e só se sentem bem a viver nos extremos, o meio termo não existe para eles, nem o amar, nem o querer, nem o lutar, nem o sofrer, isso não sabem o que é, está fora do seu mundo, a sua taça bebem-na até ao fundo!
- E acreditam em Deus?
- Sim, ou melhor, creio que Deus habite neles em origem, não em fidelidade, pois são daqueles poucos a quem Deus estende a mão sem que eles lha peçam, porque só lhe pedem o que os outros não querem.


- Mas assim querem ser melhores que os outros, ser os melhores de todos.


- Não. Porque não comparam. Só querem ser melhores que eles próprios, por conforto ou benesses nenhum deles lutou, fiéis a essa ideia: Só provará o pão de Deus quem comeu o que o diabo amassou!
- É belo mas estranho tudo o que me disseste, porém que dizer deste pobre rapaz? Já que deu a vida, que a sua alma descanse em paz.
- A paz para ele nunca quis, não é pois na paz que ele há-de ser feliz.
- Mas que queria ele então...???
- Não sei, mas antes ou depois que a vida de um COMANDO acabe, nem ele próprio, mas só Deus
o sabe.
- Mas é estranho não querer nem desejar para si mesmo a paz.


- Medita nisto: O primeiro COMANDO foi Cristo, porque pregando a paz nunca viveu em paz e até morreu por isso.
- Compreendo então. Querem ser como Cristo?
- Não, também não, isso seria muito, querem apenas ser isto: Ser COMANDOS e viver como tal.
- Compreendo por fim, por isso creio que quando o corpo deste moço descer à terra fria e a última lágrima de alguém que muito queria, ainda não tombou, a sua alma, com a qual nunca se enfeitou, não sei se foi ao céu, a caminho de Deus, mas sei que subiu e se salvou!

A grandeza dos pequenos...

Pequeno... és grande!

Subida ao alto de...

Mais uma missão de alto risco foi tomada a cabo por uma determinada força, num determinado local. Uma missão de âmbito bastante complexo teve como sua maior dificuldade... o acordar!

Com um "rest day" à maneira, "caixotes" e companhia tiveram a oportunidade de tratar da sua compunente fisica numa manhã, perdão madrugada, de sexta-feira. Eis aqui fica o relato de pequenos pedaços que ficam guardados para todo o sempre...

Aprontamento...

Antes da projecção de uma força, muito trabalho é feito anteriormente a fim de preparar o melhor possivel uma determinada força em determinado TO. Seis meses de aprontamento deram asas para muitos voos, e foi com bastante pena que a melhor equipa da NATO ficou dividida pelo caminho. Decisões tomadas a quem de direito assim o ditaram... Fica no entanto um grande abraço àqueles que, e com muita pena minha (ou talvez não) ficaram por Portugal e não podem usufruir desta rica experiência... Deixo-vos, caros caixotes a promessa que daqui a uns dias vos trarei aqui a nossa mascote! :D A companhia do Carl Gustav era uma constante... Caixa, só tu! A nossa equipa ;) Brutal!! :D Caixotes ao assalto...

Efeito borboleta...

Porque a inocência não tem limites... Porque pequenos actos, têm grandes consequências!