sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Acordo...


... lá fora cai, cai como nunca antes visto, ainda estando os olhos meio fechados, pelas demasiadas horas perdidas durante a última noite a descansar. O mundo pega a sua rotina, deixando que um simples e bonito capricho da natureza altere a normalidade rural. Para os retidos no quente e abrigado conforto, uma manhã bonita, calma, quase que esquecendo as trevas lá fora, para outros, a incomodidade, o frio, a tormenta e o arrepio deste bravos guerreiros que de tão cedo se erguem para a vida justificar!

O tempo passa, as luzes do final querem vislumbrar no horizonte, pedindo infinitamente ao consciente que o recalque, que o adie para mais tarde, pois a saudade e a tristeza apoderam-se de quem tanta vontade sente de ouvir os reactores a aterrar na Portela... Bem vão longe os dias em que tudo era novidade, tudo era excitação duradoura, em que apenas se esquecia tudo o que para trás tinha ficado e o futuro não mais interessava. Vejo-me portanto, invertido...

Os sonhos relançam-se... as sapatilhas por baixo da cama espreitam por mais um passeio em voltas infindáveis, tentando conquistar a cada dia, a cada passo, os sonhos que me alimentam esta vontade de regressar à natureza para uns tantos calar, para uns tantos insignificantes, que só por uma vez seja, os incomodar... Mas não é só por eles, por mim, acima de tudo por mim o sacrifício de madrugar e de tarde deitar, se faz a evolução anatómica! Apenas porque dá vontade de citar... "Houston, you have a problem..."

Ahhh como é enorme a vontade, cansado e fatigado de tudo...

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